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JUSTIÇA
Sábado - 26 de Fevereiro de 2011 às 08:33

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A GAZETA

Dezessete policiais militares foram extintos da corporação somente neste ano. Em 14 exonerações, o comandante Geral da PM Osmar Lino Farias explicitou no Diário Oficial do Estado os motivos das expulsões que vão de desobediência a envolvimento em crimes graves como vendas de veículos do governo, homicídios e uso da instituição para ter vantagens. A expulsão do soldado Silvio Luiz Moreira da Silva foi anunciada depois dele ser condenado a 11 anos, 4 meses e 24 dias de prisão pela morte de Dhone Carneiro de Sousa, em agosto de 2007. A vítima havia consumido bebida alcóolica em um bar e foi preso por não pagar. Ao tentar fugir, ele foi torturado e morto.

As 2 últimas exonerações foram dos ex-soldados Maikon Gonçalo Taques e Auremar Roberto Alves. O primeiro é apontado como integrante de uma quadrilha que alimenta o tráfico de drogas no Estado fora do Brasil. Já Auremar coleciona condutas irregulares. Segundo a PM, em 2007, ele comprou uma motocicleta com cheque roubado e deu um cheque sem fundo. No ano seguinte, ele enganou moradores da zona rural, em Rosário Oeste, recebendo dinheiro para confeccionar Carteira Nacional de Habilitação, mas nunca entregou o documento. Ainda em 2008, Ademar foi a um comércio de materiais de construção fardado e utilizando o nome da instituição, efetuou compra com cheque "frio". Auremar já havia sido punido por comprar materiais para uso particular em nome do 7º Batalhão da PM; por exigir dinheiro em uma blitz e por receber R$ 60 para cancelar uma multa.

Assim como Auremar, o 3º sargento da PM Jean Carlos Ribeiro Barcelos Ferreira coleciona acusações. Em setembro de 2006, após terminar um relacionamento com uma aluna à Oficial PM, ele agrediu a mulher verbalmente. No mesmo ano, ele se apropriou de bombas de efeito da Polícia e não devolveu. No ano seguinte, o ex-sargento alugou um imóvel e não quitou as contas de energia elétrica e água. Jean ainda foi flagrado na casa de uma namorada, onde funcionava uma boca-de-fumo, mas foi absolvido. O soldado Alex Sander Fonseca Rodrigues também foi expulso por diversas irregularidades cometidas na PM.

Por tentar vender por R$ 7 mil o veículo VW/Gol Power 1.6, 2007/2008, de placas NJC 0730, alugado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o soldado da PM Reninho Ferreira da Costa foi detido em janeiro de 2010 e expulso esta semana da Polícia Militar. Após denúncia anônima, ele foi flagrado em frente a um mercado no bairro Paiaguás, onde confirmou aos policiais que vendia o veículo, que pertencia a Vanderley Carlos Duarte, que apontou Deikson Damião de Carvalho Jorge como o "dono" do Gol, afirmando não saber que o carro era alugado pela Sejusp. O acusado Deikson afirmou a Polícia que havia comprado o carro na "Pedra", mas terminou confessando o delito.

Em maio de 2009, o soldado Jeie Daque Braz de Moraes, ainda como aluno, ameaçou uma colega de farda dentro do quartel de formação. Ao tentar se reportar ao superior, o ex-soldado tentou impedir a mulher e desobedeceu ordem de um superior. Também por desobediência, o soldado Oziel Felipe de Oliveira foi exonerado.


 





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