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POLÍTICA
Domingo - 10 de Maio de 2020 às 20:26
Por: Mateus Vargas - Estadão

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© Gabriela Biló/Estadão - O presidente Jair Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada
© Gabriela Biló/Estadão - O presidente Jair Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada

Estadão BRASÍLIA - Confrontado por um popular em frente ao Palácio da Alvorada que afirmou "a democracia pede sua renúncia ou impeachment”, o presidente Jair Bolsonaro respondeu que fica no comando do País até 1º de janeiro de 2027. Para seguir no cargo até esta data, Bolsonaro precisa vencer as eleições a presidente de 2022 e cumprir um segundo mandato.

O presidente também minimizou neste domingo, 10, gastos com cartões corporativos da Presidência. Para apoiadores, mesmo sem ser questionado, ele disse que as despesas subiram porque teve de enviar aviões à China para repatriação de brasileiros que estavam isolados em Wuhan, em razão do surto da covid-19. "Teve quatro aviões para China para buscar gente lá. Daí gastou mesmo", disse.

O Estadão mostrou que gastos com cartão corporativo da Presidência da República, usado para bancar despesas sigilosas do presidente Jair Bolsonaro,dobraram nos quatro primeiros meses de 2020, na comparação com a média dos últimos cinco anos. A fatura no período foi de R$ 3,76 milhões, valor que é lançado mensalmente no Portal da Transparência do governo, mas cujo detalhamento é trancado a sete chaves pelo Palácio do Planalto.

As declarações foram feitas no fim da tarde deste domingo, 10, quando Bolsonaro parou em frente à residência oficial para conversar com apoiadores. Ele retornara de uma cerimônia de “chá revelação” na casa de deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), seu filho, que será pai de uma menina.

“Vou sair em 1º de janeiro de 27”, disse Bolsonaro ao popular. Ao contrário da larga maioria das pessoas que aguardam diariamente o presidente em frente ao Alvorada, o homem não era um apoiador de Bolsonaro. Ao falar sobre renúncia e impeachment do presidente, ele foi vaiado por defensores do presidente.

Mais de 30 pedidos de impeachment contra Bolsonaro foram apresentados ao Legislativo em cerca de 16 meses. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que não é o momento de colocar o tema em pauta.





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