GREVE GERAL NESTA SEXTA
Nova Central Sindical de Trabalhadores mobiliza categorias em Mato Grosso
A Nova Central Sindical de Trabalhadores de Mato Grosso (NCST-MT) estará presente na concentração pela paralisação nacional convocada pelas centrais para a próxima sexta (28). Em Cuiabá, a concentração das lideranças sindicais será na Praça Ipiranga, à partir das 6 h., onde diretores da NCST-MT e das 37 entidades sindicais filiadas à NCST-MT, juntamente com as demais centrais sindicais, estarão chamando a atenção de toda a sociedade para as medidas impopulares que têm sido tomadas pelo governo de Michel Temer, sem consulta aos trabalhadores e à população, em desrespeito à democracia.
A paralisação tem caráter nacional. O chamado das centrais sindicais é para que nenhum trabalhador compareça ao trabalho nesta sexta-feira.
A paralisação é um protesto contra as PECs 241/2016 (reforma trabalhista) e 287/2016 (reforma da previdência) que, segundo os trabalhadores, representam um retrocesso histórico nas conquistas trabalhistas e irão prejudicar as próximas gerações, significando um passo atrás no desenvolvimento do país.
Os trabalhadores também vão mostrar seu repúdio à aprovação do PL 4302, que permite a terceirização na atividade-fim, que significará a precarização das relações de trabalho, pondo em risco direitos como férias, décimo terceiro e descanso remunerado.
Fundada em 2008 em Mato Grosso, a NCST-MT reúne 37 sindicatos e 4 federações filiados, que representam trabalhadores nas seguintes áreas: indústria de produção de materiais plásticos, madeireiras, construção civil, transporte, setor hoteleiro, condomínios, trabalhadores rurais, fabricação de álcool, vestuário e têxtil, alimentação, construção e mobiliário, comércio, enfermagem, engenharia e turismo, além de servidores públicos.
Reforma trabalhista
A principal crítica das entidades sindicais à reforma trabalhista é a proposta de que os contratos negociados individualmente se coloquem acima do que está previsto na legislação, o que vai acentuar a precarização das condições de trabalho.
Também é criticada a proposta de aumento da jornada de trabalho parcial de 25 para 30 horas semanais, a aprovação da desobrigação de pagamento do piso salarial da categoria e a redução do horário de almoço de uma hora para 30 minutos.
Reforma da previdência
Quanto à reforma da previdência, a principal crítica é o aumento da idade mínima para a aposentadoria, que passaria a ser de 65 anos, com alteração do tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos para homens e mulheres da área urbana e rural. Para os deficientes, a idade mínima seria de 60 anos.
Outra crítica é contra o tempo de contribuição para receber a aposentadoria integral, que pela PEC 287, seria de 49 anos, ou seja, para ter direito ao benefício, o trabalhador terá que ter contribuído ininterruptamente desde os 16 anos!
A PEC propõe ainda aumento da idade mínima para acesso a benefícios de Prestação Continuada, que passara de 65 para 70 anos.