Ministro rebate novamente críticas da Fifa, mas alerta que 70% das obras têm de começar de imediato
COPA 2014: Se obras não começarem este ano, Copa 2014 entra em risco
Mas também alertou que 70% das obras de infraestrutura devem começar ainda em 2011 sob risco de não serem entregues a tempo.
“O cronograma deve ser seguido à risca. 70% das obras devem começar ainda este ano ou não conseguiremos finalizá-las a tempo”, alertou.
“A população é muito ansiosa. A Fifa deve estar se referindo aos estádios (em suas críticas), mas já temos obras em 10 deles e os outros dois devem começar em abril. Tenho confiança de que o problema será contornado mês que vem.”
De acordo com o ministro, um dos entraves para o início das obras foi a falta de projeto das cidades-sede durante a fase de candidatura para o Mundial.
“Quando o Brasil foi escolhido, rodamos as cidades, mas elas não tinham sequer os projetos de mobilidade. Esse foi um período de planejamento e elaboração de projetos. Por isso ninguém vê obras acontecendo.”
Silva relatou a preocupação da presidente Dilma Rousseff em relação ao cronograma de obras e afirmou que ela convocará os governantes das cidades-sede para cobrar que as iniciativas sejam tomadas o quanto antes.
A presidente cobrou do Ministério do Esporte um relatório trimestral sobre o andamento dos preparativos para a Copa. O primeiro levantamento foi entregue em fevereiro. O próximo deve sair em maio e ser apresentado em evento público.
Aeroportos
Silva ainda ressaltou que a criação da Secretaria de Aviação Civil, anunciada por Dilma Rousseff na semana passada, é uma forma de solucionar os problemas dos aeroportos. O setor é apontado como o mais problemático na preparação brasileira. Para ele, a abertura do setor anunciada por Dilma dará mais agilidade às reformas e ampliações.
Levantamento do Portal 2014 aponta que oito dos 13 aeroportos do Mundial terão obras apenas no próximo ano.
Presente ao evento, o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, voltou a pedir a abertura da Copa em Brasília. A capital concorre com Belo Horizonte, São Paulo e Salvador pela estreia do evento.
Silva desconversou. “A decisão cabe à Fifa. Quando a entidade achar que a hora é certa vai anunciar o palco da abertura.
Em Brasília, a decisão coloca em jogo a ampliação do estádio Mané Garrincha, já que o governo diz que construirá uma estrutura menor que a projetada para 72 mil pessoas caso a cidade seja preterida.
Fiscalização
Nem mesmo os tribunais de contas escaparam do fogo. O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) fez críticas duras ao modo como os órgãos vêm fiscalizando as obras de estádios e infraestrutura para o Mundial.
“Os tribunais de contas têm que parar de acompanhar as obras da Copa pela imprensa. A fiscalização deveria ser feita nas cidades, e não pelo que sai nos jornais.”
A audiência pública realizada em Brasília foi a primeira de um ciclo que irá percorrer as 12 cidades-sede da Copa. O evento é promovido pelo Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e pelos Creas (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).