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Domingo - 18 de Setembro de 2016 às 21:01
Por: Alfredo da Mota Menezes

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As campanhas dos candidatos a prefeito em Cuiabá têm muitas mensagens dirigidas aos cuiabanos mais antigos. Colocam-se quase sempre imagens, danças, linguajar para atingir aquele cuiabano.

Impressiona como ninguém cria mensagens que atinja um grupo de cuiabano muito maior que aquele dos mais antigos. Falo dos cuiabanos entre 20 e 45 anos de idade.

Eles não têm ligações com as coisas mais antigas e tradicionais. Não gostam de ranqueado, siriri, cururu, festa de santo, não falam o cuiabanês e tem deles que nem aprecia a comida regional. É uma geração que gosta da cidade e de suas novas tradições e atrações.

Nunca ouvi falar que se fez uma pesquisa qualitativa para saber o que quer ou pensa esse pessoal para poder levar a eles uma mensagem diferente daquela para os mais antigos. Quem conseguir entrar naquele grupo pode ter grande surpresa numa votação.

O Procurador da República, Rodrigo Janot, entrou com ação no STF para derrubar a Lei 8.278 de 2004 do governo de Mato Grosso. É aquela que dá aumento anual aos funcionários estaduais com base no INPC. A ação proposta argui que é proibido vinculação de reajustes de servidores estaduais e municipais a índices federais de correção monetária.

Aquela lei vem desde o governo Maggi e como os funcionários já tem o aumento automático anual pela inflação, eles buscaram aprovar planos de cargos e carreiras para terem aumentos além da reposição inflacionária. Levou a folha salarial para a situação de agora.

Uma dúvida. A RGA tem o INPC como base para as reposições anuais. Se aquela lei for derrubada no STF o que ocorreria com a aplicação da RGA para os funcionários públicos estaduais?

O novo Corregedor Eleitoral no TSE disse que a Justiça Eleitoral é uma ‘lavanderia estatal de contribuições ilícitas‘. Falou aquilo que o Brasil inteiro sabia faz bastante tempo. Se a Justiça sabia o que o Brasil sabia por que não se buscou antes meios para tentar diminuir esse jeito de financiar campanhas?

Aquela mesma autoridade acredita, diferente do Gilmar Mendes, que a proibição de financiamento de campanha por empresas diminuirá aquele tipo de lavanderia de que falou. No país do caixa dois, será que isso vai acontecer mesmo?

O que poderia diminuir aquele apoio financeiro às campanhas estaria numa vertente diferente. Tem muitos empreiteiros não querendo fazer doações não por causa da nova lei, mas com receio de serem presos e expostos pela mídia aos olhos de seus respectivos lugares. Com receio de que suas famílias sejam expostas perante a sociedade onde vivem. Isso talvez seja mais inibidor que a nova lei.

O PMDB chegou à presidência duas vezes sem passar por eleição. Os que assumiram, Sarney com a morte de Tancredo e Temer no impeachment da Dilma, devem o lugar ao imponderável. O partido, nas duas vezes que concorreu à presidência, com Orestes Quércia e Ulisses Guimarães, teve votação raquítica.

Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com



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