Toque de Alerta - www.toquedealerta.com.br
Geral
Quarta - 24 de Maio de 2017 às 15:44

    Imprimir


Élcio Pires Júnior é médico, coordenador da Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular e coordenador das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro
Élcio Pires Júnior é médico, coordenador da Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular e coordenador das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro

Muitas empresas consideram a qualidade de vida como um diferencial competitivo, afinal funcionários com bem-estar e saúde são mais produtivos e motivados. E essas companhias modernas não só incentivam hábitos saudáveis como os promovem por meio de diferentes formas e ações.

É importante considerar que os investimentos em saúde impactam diretamente nas finanças da empresa. Seja porque aumentam a produtividade, os resultados positivos e os lucros. Seja porque reduzem os custos com o sinistro do plano de saúde, faltas ou atrasos. De qualquer modo, investir na prevenção é mais barato do que custear tratamentos curativos.

Esses investimentos podem se dar de várias maneiras: com o oferecimento de um bom plano de saúde para os colaboradores e o incentivo a check ups periódicos; com a implantação da cultura do movimento (trocar elevador por escada, montar grupos de corrida e caminhada, etc.); com a disponibilização de ginástica laboral.

Além disso, também é possível oferecer convênios e parcerias com clubes e academias; implantar ações de ergonomia e realizar campanhas de conscientização (antitabagismo, de combate ao sedentarismo e à obesidade, de incentivo ao consumo de água, assim como outubro rosa e novembro azul, por exemplo).

Outro item fundamental é respeitar a carga horária da jornada de trabalho e os momentos de pausa (sejam os pequenos intervalos para esticar as pernas, o horário de almoço ou as férias). Foi-se o tempo que funcionário produtivo era o workholic, o colaborador que tem um hobby, pratica atividades físicas, se alimenta de forma equilibrada e se engaja nos projetos rende e produz muito mais.

E, por fim, não se pode ignorar o alto número de profissionais diagnosticados com estresse e depressão. Certamente muitas das ações mencionadas acima contribuem para que os funcionários não as adquiram, mas uma atenção especial a fatores como pressão exagerada, clima pesado e desmotivação podem ajudar a preveni-los. É essencial que a gestão transforme a pressão em combustível e seu foco esteja nas soluções e não nos problemas. Buscar neutralizar intrigas e não agir no calor da situação podem ajudar.

Entretanto, para o sucesso de quaisquer dessas ações é importante a adesão de funcionários de todos os níveis hierárquicos, principalmente da gestão, porque a liderança pelo exemplo é sempre a melhor saída, é o que proporciona uma mudança de hábitos e cultural efetivos.

Enfim, há inúmeros jeitos de investir na qualidade de vida dos funcionários e não é preciso, necessariamente, possuir um orçamento elevado para isso. Estruturar um bom ambiente, montar e implementar programas eficientes de saúde e bem-estar, entre outros, são algumas possibilidades. O importante é que seja possível mensurar resultados e o impacto dessas ações diretamente para as finanças da empresa e a saúde do colaborador.

Élcio Pires Júnior é médico, coordenador da Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular e coordenador das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro



URL Fonte: http://www.toquedealerta.com.br/artigo/891/visualizar/